Múcio diz que demissão foi boa para G. Dias e defende militar no GSI
Ministro da Defesa, José Múcio afirmou ainda que interinidade de Ricardo Capelli no comando do GSI “deve durar pouco”
atualizado
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Lisboa — O ministro da Defesa, José Múcio, avaliou nesta sexta-feira (21/4) que a demissão do general Gonçalves Dias, o G. Dias, do comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi “boa” para o militar.
“O G. Dias eu quero muito bem a ele desde o tempo do outro governo. Desde o episódio do 8 de janeiro, ele não ficou à vontade. Não estava se sentindo bem. E agora, com aquelas fitas, as coisas pioraram, e ele resolveu sair. Acho que foi bom para ele (a demissão). Ele não estava se sentindo confortável.”, afirmou Múcio à coluna, na chegada ao hotel em Lisboa onde ele, Lula e os demais ministros ficarão hospedados pelos próximos dias.
Múcio também se colocou contra a extinção do GSI, como algumas alas do governo defendem. “Você pode mudar de nome. Tem gente querendo mudar, mas aquilo não pode deixar de existir”, declarou.
“Interinidade vai durar pouco”
O ministro da Defesa disse ainda que a interinidade de Ricardo Capelli como chefe do GSI no lugar de G. Dias “vai durar pouco” e defendeu que o presidente Lula mantenha um militar como chefe da pasta.
“Acho que essa interinidade vai durar pouco. Ele deve colocar outro nome”, afirmou Múcio. Indagado quem seria esse nome, respondeu: “Não posso me meter nisso, senão isso vem para a Defesa. Estou muito quieto”.
“Acho que agora não pode mexer naquele perfil (de ter militar no comando do GSI). Tem outras propostas. Dentro do governo tem gente que quer outras coisas, aumentar o número de civis. Acho que essa medida que está lá está boa”, reforçou.