Moraes questionou Mauro Cid sobre atuação de Bolsonaro no 8 de Janeiro
Em depoimento na quinta-feira (21/11), ministro Alexandre de Moraes indagou Mauro Cid sobre a participação de Jair Bolsonaro no 8 de Janeiro
atualizado
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O ministro do STF Alexandre de Moraes usou o depoimento de Mauro Cid, na quinta-feira (21/11), para tentar avançar nas investigações sobre a possível participação do ex-presidente Jair Bolsonaro no 8 de Janeiro.
Na oitiva, segundo apurou a coluna, Moraes questionou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro sobre qual teria sido a atuação do ex-presidente da República na invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Aliados de Cid dizem que teria sido a primeira vez que o ministro do STF perguntou ao tenente-coronel sobre a eventual participação de Bolsonaro nos atos golpistas realizados após a posse do presidente Lula.
Mauro Cid poupou Bolsonaro
Segundo fontes do Supremo, Cid teria poupado o ex-chefe na resposta. O militar afirmou que não sabia de qualquer atuação de Bolsonaro no 8 de Janeiro, porque ambos estavam nos Estados Unidos no dia das invasões.
Ainda de acordo com essas fontes, Cid relatou que mora perto de onde funcionou o acampamento golpista Brasília e que viu o número de manifestantes diminuir após Bolsonaro deixar o Brasil.
No depoimento, Moraes também questionou o ex-ajudante de ordens se ele conhecia alguns dos empresários apontados como financiadores do 8 de Janeiro. Cid respondeu que não.
Moraes foi “objetivo”
Fontes que acompanharam o depoimento dizem que a oitiva foi “rápida, direta e objetiva”. Moraes teria feito uma série de perguntas com objetivo de esclarecer alguns pontos da investigação.
Além do 8 de Janeiro, o ministro do STF questionou Mauro Cid sobre a reunião na casa do general Braga Netto em 12 de novembro de 2022, na qual um suposto plano para matar Lula teria sido discutido.
Cid reafirmou a Moraes que a reunião aconteceu na sala do apartamento de Braga Netto, em Brasília. O tenente-coronel disse, porém, ter participado apenas de parte do encontro e que desconhecia o suposto plano.
Segundo fontes do Supremo, Moraes não teria feito nenhuma pergunta a Cid sobre os inquéritos da falsificação de certificados de vacina contra a Covid-19 e o da venda ilegal das joias sauditas.