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Moraes já defendia regulação de redes sociais desde sabatina no Senado

Ministro Alexandre de Moraes defendeu solução para “versões mentirosas” compartilhadas na internet quando foi sabatinado pelo Senado em 2017

atualizado

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Alexandre de Moraes
1 de 1 Alexandre de Moraes - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Autor de uma série de decisões recentes contra big techs, o ministro do STF Alexandre de Moraes já defendia a regulamentação de redes sociais desde quando foi sabatinado pelo Senado, em 2017.

Há seis anos, Moraes defendeu a senadores que seria preciso encontrar uma solução para controlar “versões mentirosas” divulgadas na internet, em uma época em que o termo “fake news” ainda não havia se popularizado.

O então indicado ao STF falou sobre o assunto ao ser questionado por senadores sobre versões compartilhadas nas redes à epoica de que ele havia sido advogado da facção PCC.

“Infelizmente, tudo na vida, toda a criação tem os prós e os contras, tudo tem o lado bom e o lado ruim. É inegável que as redes sociais, a internet, foram, são e continuarão sendo um grande avanço de comunicação, de informação, mas é também inegável – isto é algo em que todos nós, em determinado momento, vamos ter de pensar, uma forma razoável de equilíbrio – que se proliferam calúnias, difamações e injúrias em relação a inúmeras pessoas. Quem, dentro desta comissão e fora dela, está nos ouvindo e vendo e já foi caluniado, difamado ou injuriado pela internet sabe a dificuldade ou mais, eu diria, a quase impossibilidade de você retirar totalmente essas versões mentirosas”, afirmou Moraes em sua sabatina no Senado, em 21 de fevereiro de 2017.

Favorável a bloqueios

O então candidato ao STF também foi questionado sobre bloqueios de redes sociais que não colaborassem com a Justiça. Na ocasião, o principal alvo era o WhatsApp, que chegou a ser bloqueado em algumas ocasiões.

Moraes, então, defendeu aos senadores que o Congresso Nacional deveria se debruçar sobre o tema. Ele lembrou que, quando era ministro da Justiça, enviou um projeto que obrigava redes sociais a ter sede no Brasil.

“Essa é uma questão que esta Casa, o Senado, a Câmara, o Congresso Nacional deve – eu tenho absoluta certeza, porque inclusive encaminhamos algumas propostas no Ministério – analisar porque é uma questão importantíssima, a questão do WhatsApp, da comunicação. Porque não se trata só de comunicação de mensagem do WhatsApp, se trata também da obtenção e da utilização por organizações criminosas da ligação por WhatsApp. E, obviamente, não há, por parte da empresa que cuida do WhatsApp, lamentavelmente, nenhum apoio às investigações criminais, o que faz com que alguns juízes tenham que tomar medidas, porque tanto o marco regulatório quanto a lei de 1996, a Lei de Interceptação Telefônica, autorizam, mas o bloqueio acaba sendo um bloqueio geral, a partir do momento em que não se fornecem as informações”, defendeu Moraes.

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