Mirando 2022, governador do RJ quer se livrar da pecha de bolsonarista
Cláudio Castro mira um apoio que julga ser essencial para sua reeleição: o do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD)
atualizado
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), vem tentando, nas últimas semanas, se livrar da pecha de “bolsonarista”. Por trás da tentativa, está uma estratégia em busca de apoio político para se reeleger ao governo fluminense nas eleições do próximo ano.
Em conversas recentes com interlocutores, Castro tem feito questão de repetir não ser “bolsonarista”. Diz que essa foi uma pecha que colocaram nele por ter tido apoio do presidente Jair Bolsonaro quando assumiu o governo do Rio, após o afastamento em Wilson Witzel, em 2020.
O governador admite ter uma boa relação e “gratidão” a Bolsonaro pelo apoio, mas ressalta que dialoga com todos, até com a esquerda. Ele cita, por exemplo, ter “ótima” relação com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), que é próximo do ex-presidente Lula.
Paes na mira
Ao tentar se afastar do bolsonarismo, Castro mira um apoio que julga ser essencial para sua reeleição: o do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Por ora, contudo, Paes promete apoiar o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que quer disputar o governo do Rio pelo PSD. Há ainda quem aposte que o próprio Paes será candidato.
A interlocutores, Castro exalta o que ele julga ser seu principal atrativo político: não poder disputar o Palácio Guanabara em 2026, pois já terá se reelegido em 2022. Com isso, poderia assumir um compromisso de apoiar Paes na eleição para governador em 2026.
Ainda na estratégia para 2022, Castro tem buscado estreitar relações com o Centrão. Em 27 de agosto, promoveu um almoço para os dirigentes e as bancadas federais do PL e PP. Também criou ou recriou seis secretarias no governo para abrigar indicados políticos do grupo.