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Ministros de Lula desconfiam de sugestão de Campos Neto

Ministros de Lula receberam com desconfiança notícia de que Campos Neto teria sugerido que Planalto indique seu sucessor no BC já em agosto

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ministros de Lula e integrantes da área econômica do governo receberam com desconfiança a notícia de que Roberto Campos Neto teria sugerido ao petista indicar seu sucessor na presidência do Banco Central já em agosto.

Segundo noticiou o colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo, Lula já teria batido o martelo da indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, como sucessor de Campos Neto em agosto.

A surpresa e desconfiança entre auxiliares de Lula não foram em relação ao nome de Galípolo, visto como favorito, mas, sim, em relação à sugestão de Campos Neto para que a indicação sejam enviada ao Senado em agosto.

Na avaliação de dois ministros do governo, o presidente do BC seria o principal beneficiário da antecipação do anúncio. Isso porque passaria a dividir com Galípolo o ônus das críticas de Lula contra os juros altos.

Ao mesmo tempo, o presidente da República veria reduzida sua munição contra Campos Neto. Sobretudo durante a campanha eleitoral deste ano, quando o petista poderá explorar o discurso contra a política de juros.

Auxiliares do presidente da República também avaliam que a eventual indicação em agosto pode deixar o escolhido para o Banco Central como alvo de “tiroteio”, enquanto sua indicação não é votada pelo Senado.

Ministros lembram que, em anos eleitorais como 2024, o ritmo das votações no Congresso Nacional diminui bastante a partir de agosto, pois deputados e senadores estão focados nas campanhas municipais em seus redutos políticos.

Para auxiliares diretos de Lula, o ideal seria o petista oficializar a indicação para o comando do BC entre o final de setembro e o início de outubro. Assim, o Senado votaria a indicação logo após o término das eleições.

Nesse cenário, avaliam, também haveria tempo hábil para uma transição tranquila na presidência da autoridade monetária. O mandato de Campos Neto à frente do banco se encerra em 31 de dezembro de 2024.

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