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Ministro terá de explicar reuniões com empresa dos irmãos Batista

Deputados protocolaram requerimentos pedindo explicações sobre reuniões do Ministério de Minas e Energia com empresa dos irmãos Batista

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Coletiva do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira 7
1 de 1 Coletiva do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira 7 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Deputados da oposição decidiram cobrar do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, explicações sobre reuniões entre integrantes de sua pasta e da Âmbar Energia, empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista.

Até a tarde desta terça-feira (9/7), ao menos dois requerimentos já tinham sido protocolados na Câmara cobrando do ministro explicações sobre as reuniões de membros do ministro com representantes da Âmbar.

O primeiro requerimento foi protocolado pelos deputados do Novo Marcel Van Hattem (RS) e Adriana Ventura (SP). O segundo é de autoria do deputado federal Cabo Gilberto (PL-PB).

Reportagem veiculada nesta terça pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Estadão, revelou que executivos da Âmbar Energia, empresa do Grupo J&F, tiveram ao menos 17 reuniões no Ministério de Minas e Energia.

Essas audiências ocorrerá no período em que o governo Lula preparava uma medida provisória (MP) que beneficiou diretamente termoelétricas recém-compradas pela Âmbar Energia.

“Este requerimento de informação tem como objetivo esclarecer detalhes cruciais sobre a elaboração e aprovação da mencionada medida provisória, além de examinar a participação de agentes externos e internos em seu desenvolvimento”, afirmam os deputados do Novo no requerimento.

Os requerimentos agora aguardam despacho da Mesa Diretora da Câmara para serem enviados para o Ministério de Minas e Energia, que terá de respondê-los aos deputados.

Entenda a medida provisória

Em 14 de junho, o governo Lula editou uma MPque socorre o caixa da Amazonas Energia, cobrindo pagamentos que a estatal devia para uma série de termoelétricas que lhe fornecem energia.

Segundo a MP, os recursos necessários para socorrer a estatal serão bancados pela conta de luz dos brasileiros pelos próximos 15 anos. Assim, ela terá como pagar os débitos que possui com suas fornecedores da eletricidade.

Quatro dias antes da MP, a Âmbar tinha adquirido 13 termoelétricas. Parte delas tinha débitos a receber da Amazonas Energia. Na aquisição, a empresa dos irmãos Batista assumiu o risco pela inadimplência.

O que diz a empresa dos irmãos Batista

Ao Estadão, a Âmbar classificou como “descabidas” as “especulações” a respeito da MP 2 e o negócio realizado pela Âmbar, mas não revelou o tema das reuniões no Ministério de Minas e Energia.

“São descabidas especulações a respeito da Medida Provisória 1.232 e o negócio realizado pela Âmbar. Não fazem sentido técnico e econômico, por diversos fatores. A Âmbar nunca tratou do tema com o Ministério de Minas e Energia”, afirmou a empresa.

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