Ministro de Lula se afasta de candidato apoiado pelo PT em Salvador
Alegando compromissos em Brasília, ministro da Casa Civil de Lula tem se distanciado da campanha do candidato apoiado pelo PT em Salvador
atualizado
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Nome forte do PT baiano, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem evitado participar efetivamente da campanha do candidato apoiado pelo partido em Salvador.
Mesmo quando está na Bahia, Rui não tem comparecido às agendas de Geraldo Junior (MDB), atual vice-governador do estado e candidato à prefeitura da capital baiana.
Até agora, o chefe da Casa Civil de Lula só esteve na convenção de Junior no começo de agosto. Aliado de Geddel Vieira Lima, o candidato do MDB tem o apoio do PT, que indicou a vice na chapa, Fabya Reis.
Rui costuma passar os fins de semana na Bahia, quando tem priorizado agendas eleitorais no interior do estado. No último fim de semana, ele esteve em várias cidades baianas, mas não cumpriu agenda com Junior em Salvador.
A interlocutores, o ministro da Casa Civil têm justificado a ausência na campanha de Geraldinho, como o candidato é conhecido, com o argumento de está muito ocupado com as demandas de Brasília.
Lideranças petistas, entretanto, afirmam que nem Rui e nem Lula querem ter a digital na campanha de Geraldinho, que, mesmo com o segundo maior tempo de TV entre os candidatos, não tem conseguido crescer nas pesquisas.
Aliados de Rui lembram que ele preferia como candidato a prefeito de Salvador o atual presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, José Trindade (PSB).
O PT, no entanto, acabou apoiando o vice-governador após insistência do atual líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner, que também é uma das principais lideranças petistas na Bahia.
Campanha “desastrosa” e rachada
Mesmo com o apoio de Wagner, a campanha de Geraldinho tem sido avaliada como “desastrosa” pelos próprios membros da equipe do candidato, hoje rachada entre um grupo ligado ao emedebista e outro, ao líder do governo.
A coluna apurou que o racha já levou Henrique Carballal, um dos coordenadores da campanha ligado ao grupo do vice-governador, a pedir demissão. Carballal, porém, acabou recuando e permanecendo.
Há divergências sobre a organização da agenda, abordagem nos debates e até nos conteúdos que vão ser veiculados. Outro problema citado por interlocutores seria uma indisposição de Geraldo para agendas de campanha.