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Ministro de Lula procura Lira para explicar demissão de primo do Incra

Em reunião na residência oficial, ministro de Lula disse que Lira poderá manter controle do Incra-AL, indicando sucessor do primo exonerado

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1 de 1 imagem colorida mostra deputado arthur lira - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para explicar a exoneração de Wilson César Lira, primo do deputado, do cargo de superintendente do Incra de Alagoas.

Teixeira foi até a residência oficial de Lira, em Brasília, na manhã desta terça-feira (16/4), horas após a exoneração ser publicada no Diário Oficial da União. Na conversa, explicou que a troca era necessária para acalmar a relação com o MST.

O movimento vinha cobrando a exoneração do primo de Lira desde 2023, por considerá-lo “bolsonarista” e pouco afeito ao diálogo. Wilson estava no cargo desde a gestão Michel Temer e permaneceu no posto nos governos seguintes com a benção do primo.

Apesar da pressão de movimentos sem-terra, o governo Lula vinha segurando a troca. A expectativa era de que o próprio Wilson pedisse para deixar o cargo em abril de 2024 para ser candidato a prefeito de Maragogi (AL) este ano, o que não ocorreu.

Para complicar a situação, o MST deflagrou nesta semana uma série de invasões de terra pelo Brasil como parte do tradicional “Abril Vermelho”, ação que visa pressionar o governo pela reforma agrária. O movimento também ameaçou invadir a sede do Incra em Alagoas.

Lira deve indicar o substituto do primo

Na conversa com Lira nesta terça na residência oficial, o ministro do Desenvolvimento Agrário também disse que o presidente da Câmara poderá manter o controle do Incra em Alagoas, indicando o substituto de seu primo que foi exonerado.

Teixeira ainda negou que a troca no comando do órgão tenha relação com o recente embate público entre o presidente da Câmara e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo.

Lira reclamou

A interlocutores, Lira deixou claro que não gostou da forma como a demissão ocorreu. Ele admitiu que vinha discutindo a mudança com o governo desde a semana passada, mas esperava que a troca só seria oficializada após definir o substituto do primo.

Teixeira, por sua vez, afirmou que queria se reunir com Lira na segunda-feira (15/4), antes da exoneração, mas o presidente da Câmara não estava em Brasília. Após o ruído, o ministro do Desenvolvimento Agrário pediu desculpas ao deputado.

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