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Ministro de Lula avalia chances de Trump ajudar Bolsonaro em 2026

Em entrevista à coluna, ministro Alexandre Padilha avaliou chances de Donald Trump, se eleito, ajudar Bolsonaro a reverter inelegibilidade

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Alexandre Padilha em entrevista à coluna de Igor Gadelha
1 de 1 Alexandre Padilha em entrevista à coluna de Igor Gadelha - Foto: Metrópoles

Ministro das Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, avaliou, em entrevista à coluna, as chances de Donald Trump, se eleito presidente dos Estados Unidos, conseguir ajudar Jair Bolsonaro a reverter sua inelegibilidade para disputar as eleições de 2026 no Brasil.

Na avaliação do ministro, que é responsável pela articulação política do governo Lula, não haveria a menor possibilidade de Trump ter sucesso nessa tentativa, como apostam bolsonaristas. Isso porque, segundo Padilha, o Brasil e o poder Judiciário nacional são “soberanos”.

“Só quem bate continência para a bandeira dos Estados Unidos para pensar desse jeito. O bolsonarismo pensa assim porque eles batem continência para a bandeira dos Estados Unidos. Só quem faz isso pensa desse jeito. O Brasil é um país soberano. É uma país cada vez mais colocado a assumir um protagonismo internacional nessa agenda de transformação ecológica”, afirmou o auxiliar de Lula.

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Trump pode retaliar o governo Lula?

Ainda na entrevista, Padilha minimizou os impactos para o governo Lula de uma eventual vitória de Trump nas eleições americanas, cuja votação se encerra nesta terça-feira (5/11). Segundo o ministro, o Brasil está cada vez menos depentente dos Estados Unidos.

“Acho que vai ter um impacto mais na animação de alguns seguidores de um lado e do outro. Mas, em relação aos impactos da cooperação que a gente venha a fazer, a gente está cada vez menos dependente dos Estados Unidos. Se o Trump quiser fazer algum tipo de retaliação, sinceramente, quem está perdendo é ele, que vai estar perdendo um parceiro importante, que é o Brasil”, afirmou Padilha, que é responsável pela articulação política do governo Lula.

O ministro ponderou, contudo, que essa não tem sido a tradição dos governos republicanos. “Se ele (Trump) quiser fazer qualquer tipo de retaliação, quem vai estar perdendo é ele. Não tem sido a tradição dos governos republicanos, inclusive, que sabem a importância do Brasil”, declarou.

Confira essa trecho da entrevista:

Qual o impacto de uma eventual vitória do Donald Trump para o governo Lula. O governo Lula pode sofrer prejuízos?

Acho que vai ter um impacto mais na animação de alguns seguidores de um lado e do outro. Mas, em relação aos impactos da cooperação que a gente venha a fazer, a gente está cada vez menos dependente dos Estados Unidos. Se o Trump quiser fazer algum tipo de retaliação, sinceramente, quem está perdendo é ele, que vai estar perdendo um parceiro importante, que é o Brasil, que vai assumir um protagonismo importante da transformação ecológica, na atração de energia renovável, nesse novo mercado de carbono que nós vamos criar, que vai ser um mercado potente em conjunto com o mundo. Então, se ele quiser fazer qualquer tipo de retaliação, quem vai estar perdendo é ela. Mas não tem sido essa a tradição de governos republicanos. Eles sabem da importância do Brasil.

Mas e politicamente? Os bolsonaristas apostam que o Trump, como presidente dos Estados Unidos, pode eventualmente pressionar autoridadades brasileiras para garantir a elegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2026.

Só quem bate continência para a bandeira dos Estados Unidos para pensar desse jeito. O bolsonarismo pensa assim porque eles batem continência para a bandeira dos Estados Unidos. Só quem faz isso pensa desse jeito. O Brasil é um país soberano. É uma país cada vez mais colocado a assumir um protagonismo internacional nessa agenda de transformação ecológica. O Brasil é o país que está presidindo o G20. Vai presidir a COP30 no ano que vem. Tem uma agenda mundial onde o Brasil tem um protagonismo.

Então o senhor vê zero chance de o Trump influenciar de alguma forma para ajudar o Bolsonaro?

Ele pode fazer o que ele quiser. Agora, o debate eleitoral em 2026 vai se fazer em função da avaliação do nosso governo em 2026. Isso que está sendo avaliado. Só fala isso (que o Trump pode influenciar na elegibilidade de Bolsonaro) quem bate continência para os Estados Unidos. Não tem relação direta com isso. O Brasil é um país soberano. Nosso sistema judiciário brasileiro é soberano.

Colaborou Gustavo Zucchi

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