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Ministro da Justiça discute exoneração de delegada da PF com Moraes

Anderson Torres apresentou a Alexandre de Moraes sua versão sobre exoneração de delegada da PF que encaminhou extradição de Allan dos Santos

atualizado

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1 de 1 Alexandre de Moraes_STF - Foto: TSE

O ministro da Justiça, Anderson Torres, conversou recentemente com o ministro do STF Alexandre de Moraes sobre a exoneração de uma delegada da Polícia Federal de um cargo na pasta, após ela encaminhar para os Estados Unidos o pedido de extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

Segundo apurou a coluna, Torres negou ao ministro do Supremo que a delegada Silvia Amélia da Fonseca tenha sido exonerada do ministério por pressão política. O titular da Justiça alegou ter exonerado a delegada da PF por ter se sentido “traído” pela então auxiliar.

Torres repetiu a Moraes ter ficado irritado com o fato fato de Silvia Amélia só ter comunicado ao gabinete do ministro da Justiça que o pedido de extradição do blogueiro já tinha sido remetido aos Estados Unidos mais de 15 dias depois de o processo ter sido enviado às autoridades americanas.

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

Reprodução
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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro argumentou que, como chefe da pasta, teria direito de ser comunicado previamente sobre o despacho do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), setor que a delegada chefiava. Aliados de Silvia dizem que ela não não avisou antes porque o DRCI é técnico e cuida de temas sensíveis.

Como revelou a coluna, Moraes cobrou recentemente a atual cúpula da Polícia Federal, indicada por Anderson Torres, pela exoneração da delegada. Em depoimento à PF, Silvia Amélia e outros dois funcionários do DRCI relataram suposta pressão do comando do ministério durante o processo de extradição.

Moraes foi o responsável por determinar a prisão preventiva e extradição de Allan dos Santos. O ministro do STF assinou a ordem em 5 de outubro, mas só divuglou à imprensa no dia 21 daquele mês. A decisão atendeu a um pedido da PF. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a prisão.

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