Ministério da Saúde manterá intervalo de 12 semanas entre doses até vacinar todos os adultos
Uma nota técnica deve ser emitida pela pasta nos próximos dias como reação a estados e municípios que estão reduzindo esse prazo
atualizado
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O Ministério da Saúde emitirá, nos próximos dias, uma nova nota técnica mantendo o intervalo de 12 semanas entre a aplicação da primeira e da segunda dose das vacinas contra a Covid-19 da Astrazeneca e da Pfizer no Brasil.
O documento recomendará que esse prazo seja mantido pelo menos até o governo federal enviar vacinas suficientes para aplicar a primeira dose em toda a população adulta do Brasil (pessoas acima de 18 anos).
A recomendação foi acordada em reunião, na sexta-feira (16/7), da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis do ministério, composta por representantes da pasta e de Estados e municípios.
O documento será uma reação à iniciativa de alguns govenadores e prefeitos de encurtar o intervalo entre as duas doses, por receio da variante Delta. Entre eles, está o Rio Grande do Sul, que encurtou esse prazo para 10 semanas.
A nota técnica deve sustentar que a manutenção do intervalo em 12 semanas visa ampliar a oferta da primeira dose da vacina, a qual já teria efetividade suficiente para prevenir formas graves da Covid-19, incluindo a variante Delta.
Segundo técnicos da Saúde, estudos mostram que, no atual cenário da pandemia no Brasil, seria mais importante ter mais brasileiros vacinados com a primeira dose do que totalmente imunizados com as duas doses.