Militares avaliam processar presidente da CPI por críticas às Forças Armadas
Um parecer jurídico já teria sido pedido para avaliar se a ação é possível, uma vez que, como senador, Omar Aziz tem imunidade parlamentar
atualizado
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Além da intimidadora nota oficial que soltaram, militares discutem, nos bastidores, processar o presidente da CPI da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), pela declaração de que “fazia muito tempo que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.
Segundo apurou a coluna com fontes militares, a ideia seria processar o senador por “danos morais coletivos”. Um parecer jurídico já teria sido pedido por integrantes das Forças Armadas para avaliar se a ação é possível, uma vez que, como senador, Aziz tem imunidade parlamentar, em tese.
Aziz fez a crítica aos militares durante a sessão da CPI da Covid na quarta-feira (7/7). O Palácio do Planalto, então, acionou o ministro da Defesa, general Braga Netto, que submeteu o assunto aos comandantes das três forças – Exército, Marinha e Aeronáutica – para que avaliassem conjuntamente a reação.
Após também ouvirem a assessoria parlamentar do Ministério da Defesa, os quatro decidiram, então, redigir a dura nota, na qual disseram, em tom ameaçador, que as forças “não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro“.
O presidente da CPI reagiu à nota. “Estão tentando distorcer minha fala e me intimidar. Não aceitarei! Não ataquei os militares brasileiros. Disse que a parte boa do Exército deve estar envergonhada com a pequena banda podre que mancha a história das Forças Armadas”, escreveu no Twitter.