Militar alvo da PF é segurança de Bolsonaro e ganha RS 25 mil
Alvo da PF, tenente do Exército Osmar Crivelatti recebe salário como militar e como civil para assessorar o ex-presidente Jair Bolsonaro
atualizado
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Um dos alvos da operação da Polícia Federal desta sexta-feira (11/8), o tenente do Exército Osmar Crivelatti continua trabalhando diretamente com Jair Bolsonaro, mesmo após ele deixar o poder.
Enquanto Bolsonaro era presidente, Crivelatti atuava como ajudante de ordens. A partir de janeiro, ele foi nomeado como assessor do ex-presidente, de quem atua como segurança pessoal.
Com isso, Crivelatti foi um dos militares autorizados a acompanhar Bolsonaro no “auto-exílio” do ex-presidente nos Estados Unidos durante os primeiros meses de Lula no Palácio do Planalto.
Como assessor de Bolsonaro, Crivellati continua recebendo do governo federal uma generosa remuneração, juntando seus proveitos como militar e pela função civil de assessor.
Segundo o Portal da Transparência, ele recebe por mês mais de R$ 25 mil líquidos, sendo R$ 22,3 mil como tenente do Exército e R$ 3,6 mil pelo cargo de assessor de Bolsonaro como ex-presidente.
Ao longo do mandato de Bolsonaro à frente do Planalto, Crivellati trabalhou ligado ao tenente-coronel Mauro Cid, na ajudância de ordens do presidente da República.
Como informou a coluna, além de Cid e de Crivelatti, foram alvos da operação da PF desta sexta o general da reserva Mauro Lorena Cid, pai do ex-ajudante de ordens, e o advogado Frederico Wassef.
A operação apura o envolvimento dos militares em esquema de venda ilegal de presentes dados ao governo Jair Bolsonaro por delegações estrangeiras.