Furto de metralhadoras: cúpula do Exército aguarda prisão de suspeitos
Comando do Exército espera que Justiça Militar decrete, nos próximos dias, medidas cautelares contra envolvidos no furto de metralhadoras
atualizado
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O Alto Comando do Exército aguarda, para os próximos dias, a decretação de medidas cautelares contra militares envolvidos no furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, no quartel de Barueri (SP).
Entre as medidas, segundo generais quatro estrelas ouvidos pela coluna, está a decretação de prisão preventiva ou temporária de parte dos acusados, para evitar que atrapalhem o andamento das investigações.
As medidas de restrição de liberdade deverão ser decretadas pela Justiça Militar. Isso porque, por ora, o crime está sendo investigado apenas no âmbito das Forças Armadas, por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).
A expectativa no comando do Exército é de que as medidas cautelares contra os principais suspeitos permitam a liberação dos demais militares que seguem detidos no quartel de Barueri.
Conforme noticiou o Metrópoles, o Exército já identificou ao menos três militares como participantes do furto das metralhadoras. Os nomes dos suspeitos, porém, ainda é mantido sob sigilo.
Recuperação de armas e afastamentos
Concomitantemente à investigação, o Exército trabalha em outras duas frentes: uma para afastar militares envolvidos no caso de postos de comando e outra para recuperar as armas furtadas.
Na quinta-feira (19/10), ao menos oito das 21 metralhadoras já foram recuperadas. As armas foram interceptadas na entrada da comunidade Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Já nesta sexta-feira (20/10), o Exército publicou no Diário Oficial da União (DOU) a transferência do então diretor do Arsenal de Guerra em São Paulo, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista.
O furto das armas foi descoberto há uma semana. Conforme revelou o Metrópoles, 13 metralhadoras calibre ponto 50, capazes de derrubar aeronaves, e 8 de calibre 7,62 foram furtadas.