“Mestrão”: assessor que orientou Moro sobre voto em Dino pede demissão
Rafael Magalhães, assessor que recomendou a Moro não divulgar voto na sabatina de Flávio Dino, pediu exoneração do gabinete do senador
atualizado
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O senador Sergio Moro (União-PR) exonerou nesta segunda-feira (6/5) de seu gabinete no Senado Rafael Travassos Magalhães, assessor que era chamado pelo ex-juiz de “Mestrão”.
Segundo o Diário Oficial da União (DOU), o assessor foi exonerado da função de assessor parlamentar “a pedido” — quando o próprio servidor pede para deixar o posto.
Mestrão ficou nacionalmente conhecido após Moro ser flagrado trocando mensagens com o assessor na época da sabatina do hoje ministro do STF Flávio Dino no Senado.
Na conversa, Mestão recomenda que o ex-juiz da Lava Jato não revelasse publicamente como votou em relação à indicação de Dino ao Supremo Tribunal Federal.
“Sergio, o coro está comendo aqui nas redes, mas fica frio que jaja passa, só não pode ter vídeo de você falando que votou a favor, se não isso vai ficar a vida inteira rodando. Estou de plantão aqui, qualquer coisa só acionar.” (sic)
Procurado para entender o motivo da saída de Mestrão de seu gabinete, Moro não se pronuciou. Aliados do senador acreditam que o assessor pode ter pedido para sair para trabalhar em campanhas municipais.
Mestrão já foi citado em caso de rachadinha
Magalhães também foi citado em inquérito que apura a suposta prática de rachadinha no gabinete do deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR), antes de trabalhar com Moro em Brasília.
Conforme mostrou o colunista Lauro Jardim em O Globo, “Mestrão” apareceu em relatório do Coaf que apontou uma série de saques em espécie, com valores repetidos e indícios de fracionamento, sempre no fim de cada mês.