metropoles.com

O que Mauro Cid disse à PF sobre Wajngarten

Em depoimento à PF, Mauro Cid contou sobre uma viagem de Fabio Wajngarten aos EUA em março de 2023, quando Bolsonaro ainda morava em Orlando

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Metrópoles
Mauro Cid olha para frente durante CPI da CLDF
1 de 1 Mauro Cid olha para frente durante CPI da CLDF - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Indiciado pela Polícia Federal no inquérito das joias, o advogado Fabio Wajngarten foi mencionado por Mauro Cid no depoimento que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro prestou aos investigadores sobre o assunto.

O militar disse à PF que Wajngarten, que é advogado e assessor de comunicação de Bolsonaro, esteve nos Estados Unidos em março de 2023, quando o ex-presidente ainda morava na cidade americana de Orlando.

Cid, porém, disse que não sabia qual teria sido a participação de Wajngarten no caso e que seu contato durante a recompra das joias teria sido com o advogado Frederico Wasseff e Osmar Crivellati, então segurança de Bolsonaro.

Wasseff teria sido, segundo o ex-ajudante de ordens, o responsável por recomprar as joias vendidas ilegalmente nos Estados Unidos. O advogado teria entregado os objetos no Brasil de volta a Cid, que as fez chegar até Bolsonaro.

O que Wajngarten fez nos EUA

Aliados de Wajngarten confirmaram à coluna que ele esteve nos Estados Unidos em março de 2023. O objetivo da viagem seria pegar com Bolsonaro uma procuração para constituir a defesa do ex-presidente no caso das joias.

O advogado teria viajado para buscar a procuração pessoalmente após a Polícia Federal recusar a primeira procuração, por meio da qual o advogado Paulo Bueno era indicado para a defesa de Bolsonaro.

Wajngarten diz que indiciamento é “afronta legal”

Wajngarten foi uma das 12 pessoas indiciadas pela Polìcia Federal no inquérito das joias. O advogado e assessor foi indicado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Pelas redes sociais, Wajngarten afirmou que seu indiciamento pela PF se baseia em uma “afronta legal” e que foi indiciado por cumprir suas prerrogativas de advogado.

“O meu indiciamento pela Polícia Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim. Sendo específico: fui indiciado pela razão bizarra de ter cumprido a Lei!”, disse o advogado.

Wajngarten argumentou que sua “orientação advocatícia” foi a de que os presentes recebidos por Bolsonaro “fossem imediatamente retornadas à posse” do TCU. “E conselho jurídico não é crime”, sustenta.

“Minha sugestão foi acolhida e os presentes entregues imediatamente e integralmente recolhidos ao TCU. Como está cabalmente comprovado, inclusive pela própria PF, só tomei conhecimento do fato após ser noticiado pela imprensa e agi com integridade profissional. Fui indiciado, como está provado, por cumprir a Lei!”, reforçou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comIgor Gadelha

Você quer ficar por dentro da coluna Igor Gadelha e receber notificações em tempo real?