Integrantes do Ministério da Justiça preveem que a homologação pelo STF da delação premiada de Ronnie Lessa vai acelerar a elucidação completa da morte da vereadora do Rio Marielle Franco (PSol), assassinada em 2018.

Para membros da pasta, a homologação pelo ministro Alexandre de Moraes mostra que as informações prestadas por Lessa na delação têm consistência e devem resultar em novas descobertas sobre os mandantes do crime.

Integrantes do governo Lula avaliam ser “precipitado” dizer que o homicídio já está elucidado, após Lessa ter apontado Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, como suposto mandante.

“Quem falou que está elucidado é precipitado. A investigação vai atrás de quem de fato contratou os assassinos”, afirmou à coluna, sob reserva, uma influente fonte a par das investigações.

Homologação comemorada

No Ministério da Justiça, a homologação da delação foi bastante comemorada, apesar de o tom do ministro Ricardo Lewandowski, ao anunciar o fato, ter sido considerado “comedido” por auxiliares.

A avaliação na pasta é que a investigação só engrenou após a entrada da Polícia Federal na investigação e, sobretudo, após o caso ter ido parar nas mãos de Alexandre de Moraes, sorteado relator no STF.