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Citado no caso Marielle, Brazão fazia “dobradinha” com Eduardo Cunha

Domingos Brazão, apontado por delator como possível mandante da morte de Marielle Franco, fez dobradinhas eleitorais com Eduardo Cunha

atualizado

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eduardo cunha
1 de 1 eduardo cunha - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Apontado como possível mandante da morte da vereadora Marielle Franco (PSol), o conselheiro Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) Domigos Brazão era um dos principais “parceiros” políticos de Eduardo Cunha no Rio.

Em mais de uma ocasião, Cunha, que presidiu a Câmara dos Deputados entre 2015 e 2016, registrou sua proximidade com Brazão nas redes sociais. Ambos se referiam um ano outro como “meu amigo”.

Nas eleições de 2010 e 2014, os dois chegaram a fazer “dobradinha”: Cunha citava Brazão como o seu candidato a deputado estadual, enquanto Brazão dizia que Cunha era o seu candidato a deputado federal.

Aqui no lançamento da campanha do meu amigo, deputado estadual Brazao, 15101″, escreveu Cunha nas redes sociais, em 2014.

Imagem mostra troca de mensagens nas redes sociais entre Eduardo Cunha e Domingos Brazão

Nas duas eleições, Cunha e Domingos Brazão eram do mesmo partido: o MDB. Em 2015, porém, Brazão foi eleito pelos colegas deputados estaduais do Rio de janeiro como conselheiro do TCE-RJ.

Apoio aos irmãos de Brazão

O apoio de Cunha não se restringiu a Domingos Brazão. O deputado federal também apoiou os irmãos do conselheiro que disputaram outros cargos públicos.

Em 2016, por exemplo, Cunha declarou voto em Chiquinho Brazão, irmão do conselheiro do TCE, para o cargo de vereador na capital fluminese em 2016.

Em 2012, Cunha também apoiou a candidatura de Doca Brazão, também irmão do conselheiro do tribunal de contas, para prefeitura de São João do Meriti (RJ).

Proposta de delação

Domingos Brazão foi citado como possível mandante da morte de Marielle pelo policial militar reformado Ronnie Lessa, que negocia uma delação premiada com a Polícia Federal, ainda não homologada pela Justiça.

Ao Metrópoles, o conselheiro do TCE-RJ negou que tenha mandado matar a vereadora. Ele disse ainda não temer a investigação e que o uso de seu nome pode ser parte de uma estratégia dos reais autores para proteger alguém.

Cunha, por sua vez, segue calado sobre o assunto. Desde que a citação ao nome de Brazão veio à tona, o ex-presidente da Câmara nada comentou sobre o tema nas redes sociais, onde costuma ser bastante ativo.

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