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Marielle: deputado reclama de arcar sozinho com ônus de adiar votação

Deputado que pediu vista da prisão de Chiquinho Brazão na CCJ reclamou com colegas que assumiu sozinho ônus de adiar a votação na Câmara

atualizado

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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Deputado Gilson Marques
1 de 1 Deputado Gilson Marques - Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) reclamou com colegas de ter assumido sozinho o ônus de adiar a votação na Câmara sobre a prisão de Chiquinho Brazão (União-RJ), suspeito de mandar matar Marielle Franco.

O parlamentar catarinense foi o autor do pedido de vista do caso Brazão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O pedido fez com que a análise na Câmara da ordem de prisão ficasse para abril.

A colegas deputados, Gilson reclamou que sofreu sozinho com a pressão da opinião pública, embora vários outros parlamentares tenham defendido, nos bastidores, o adiamento da votação.

A queixa foi feita pelo deputado do Novo a colegas parlamentares logo após a sessão da CCJ da terça-feira (26/3). A coluna flagrou Gilson conversando com ao menos um integrante da comissão sobre o assunto.

Brazão foi preso no domingo (24/3) como um dos suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco em 2018. Foram também detidos o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa.

Como Chiquinho é deputado federal, a ordem de prisão dele terá de ser validada por maioria absoluta dos membros da Câmara, conforme previsto no artigo 53º da Constituição Federal.

Esquerda teme soltura

Lideranças de esquerda na Câmara temem que o adiamento da votação do caso Brazão diminua a pressão sobre o deputado e leve a Casa a revogar a ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes.

Líderes de partidos de esquerda ressaltam que hoje, mesmo sob pressão, muitos deputados do Centrão resistem, nos bastidores, em chancelar uma prisão preventiva contra um deputado com mandato.

Apesar de não defenderem Brazão, o voto contrário à prisão do deputado serviria como um “recado” ao Supremo de que a Câmara não concorda com a prisão preventiva de seus parlamentares.

Diante das reclamações, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu procurar Alexandre de Moraes em busca de mais explicações sobre a decisão que embasou a prisão preventiva contra Brazão.

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