Prestes a ver sua esposa ser demitida do Ministério do Turismo, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, o Waguinho, disparou contra o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o provável novo titular da pasta, o deputado federal  Celso Sabino (União Brasil-PA).

Waguinho afirmou para a coluna que Padilha não tem “comprometimento com a valorização da mulher no espaço de poder”. Especialmente, avalia, por articular a saída de Daniela Carneiro em prol de Sabino, a quem o prefeito classifica como “misógino, bolsonarista, fascista”.

“Padilha não está tendo a sensibilidade e o comprometimento com a valorização da mulher no espaço de poder, já que articula a saída de uma deputada, a mais votada do estado do Rio de Janeiro, evangélica, pela entrada de um deputado misógino, bolsonarista, fascista, que teve contra ele a aplicação da Lei Maria da Penha, por meio de medida protetiva por 3 anos (de 2014 a 2017), que além de ter comemorado a prisão do presidente Lula, festejou, na época, a nomeação do agora senador Sergio Moro como Ministro da Justiça. Sem contar na crítica feita à presidenta Dilma quando da nomeação de Lula como Ministro. Um homem ligado ao ex-presidente da República e sem qualquer compromisso com as pautas do Governo Lula”, afirmou Waguinho.

Como mostrou a coluna, a expectativa dentro do governo é que a saída de Daniela seja concretizada ainda nesta semana. O Palácio do Planalto aguarda apenas a chegada do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para concluir as negociações para a nomeação de Celso Sabino.

A nomeação do deputado atende a uma reivindicação do União Brasil, partido com o qual o grupo de Waguinho rompeu politicamente. Assim, o governo espera obter maior fidelidade dos deputados da sigla, que tem dado dor de cabeça ao Planalto em algumas votações no Congresso.

Compensações

Waguinho ainda conversa com ministros palacianos para não sair de mãos abanando. Como noticiou a coluna, o prefeito negocia para que Daniela seja nomeada vice-líder do governo no Legislativo, para onde a ministra, que é deputada federal, retornará após deixar o ministério.