Marcos do Val compra briga com Moraes e descumpre ordens do STF
Senador Marcos do Val descumpriu ordens do ministro do STF Alexandre de Moraes de entregar passaportes e de não usar redes sociais
atualizado
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O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) decidiu comprar briga com Alexandre de Moraes e se recusou a cumprir ao menos duas ordens determinadas pelo ministro do STF contra o parlamentar.
A mando de Moraes, a Polícia Federal intimou Do Val nesta quarta-feira (14/8) com duas ordens do ministro: 1) proibição de usar qualquer rede social e 2) entrega imediata de todos os passaportes.
Os agentes da PF foram até a casa onde o senador mora em Vitória (ES) e foram recebidos pelo próprio parlamentar. Do Val, no entanto, alegou que não estava com os passaportes e que entregaria posteriormente na PF.
À coluna, porém, o parlamentar afirmou que só entregará o documento “após cumprirem o que diz a Constituição”. “O Senado tem que autorizar e eu ter acesso a decisão judicial”, diz.
Marcos do Val descumpre ordem sobre redes sociais
Do Val também descumpriu a ordem para não usar as redes sociais. Mesmo após ser intimado, ele seguiu fazendo postagens no X (antigo Twitter), onde sua conta permanecia ativa até a publicação desta matéria.
Em uma das postagens, publicadas às 13h21 da quarta, o senador disse ter sido “surpreendido pela visita de policiais federais” em sua residência, com a ordem de apreender seu passaporte.
“Hoje, 14 de agosto, fui surpreendido pela visita de policiais federais em minha residência, com a ordem de apreender meu passaporte, sem que houvesse qualquer decisão judicial, sem que o Senado fosse devidamente comunicado sobre o cumprimento de tal mandado, e sem a prévia ciência do presidente desta Casa. A apreensão do meu passaporte diplomático, realizada sem qualquer justificativa legal ou fundamento plausível, é mais uma demonstração clara das ilegalidades que vêm sendo cometidas contra mim. Não há motivo algum para que meu passaporte seja retido, pois não tenho qualquer intenção de fugir do Brasil. Continuo firme no exercício do meu mandato, e nada justifica essa medida draconiana”, escreveu.