Um dia antes da PF, Marcos do Val escapou do Conselho de Ética
Conselho de Ética, que abriu os primeiros processos no Senado desde 2019, deixou representações contra Marcos do Val de fora da pauta
atualizado
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Um dia antes de ser alvo de operação da Polícia Federal, Marcos do Val (Podemos-ES) escapou de ver aberta uma ação contra si no Conselho de Ética do Senado Federal.
O colegiado, que não se reunia para deliberar desde setembro de 2019, realizou uma sessão na quarta-feira (14/6), mas deixou de fora da pauta representações contra Marcos do Val.
Na reunião, o conselho abriu cinco representações contra senadores. São eles: Chico Rodrigues (PSB-RR), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Jorge Kajuru (PSB-GO), Cid Gomes (PDT-CE) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).
Já a ação contra Do Val ficou de fora. Contra ele, há uma representação, protocolada pela Rede Sustentabilidade, justamente pelo vai e vem de narrativas sobre um suposto plano para incriminar Alexandre de Moraes.
As versões do “golpe” de Marcos do Val
Em fevereiro, enquanto Bolsonaro ainda estava nos Estados Unidos, Marcos Do Val procurou a imprensa para acusar o ex-presidente e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) de tentarem um “golpe” contra Moraes.
O objetivo, segundo o senador, seria tentar provar suposta parcialidade do ministro do STF na condução dos processos contra Bolsonaro e, assim, viabilizar a prisão do magistrado.
Posteriormente, Do Val mudou sua versão várias vezes. Ele passou a dizer que não foi coagido por Bolsonaro a participar da trama e que o ex-presidente ficou em silêncio na reunião do Alvorada.
Em depoimento à Polícia Federal, o senador disse que a autoria do plano contra Moraes seria de Daniel Silveira. O ex-deputado está preso por ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal.
Em março, a coluna flagrou o senador dizendo a militantes bolsonaristas que tentou “blindar” Bolsonaro, tentando afastar Moraes dos casos que envolvessem o ex-presidente.