Um dos personagens investigados pela CPI da Covid no Senado apareceu nesta semana como um dos principais doadores do ex-coach Pablo Marçal (PRTB) na eleição para Prefeitura de São Paulo.

Na terça-feira (1º/10), Marçal recebeu um generoso Pix de R$ 100 mil do empresário Otávio Fakhoury, um dos alvos da CPI em 2020 por ter financiado a divulgação de notícias falsas sobre a pandemia.

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Na época, Fakhoury também foi citado na apuração sobre um suposto pedido de propina ao Ministério da Saúde pela compra de vacinas, investigada pelos senadores na comissão parlamentar de inquérito.

Até então, Fakhoury era vice-presidente do Instituto Força Brasil, que teria intermediado a compra dos imunizantes entre o governo Bolsonaro e a Davati Medical Supply.

Empresário participou de jantar com Marçal

O empresário participou do jantar de arrecadação promovido por aliados de Marçal na terça, mesmo dia em que sua doação foi registrada. O evento aconteceu na casa do deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP).

Entre os executivos que marcaram presença no evento de Marçal estavam ainda Alexandre Ostrowiecki, CEO da famosa marca de eletrônicos e de informática “Multilaser”.

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Filipe Sabará, Ricardo Salles, Pablo Marçal e Tenente Santini

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Felipe Sabará, Ricardo Salles e o empresário Christian Deutschmann

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Pablo Marçal ao lado do médico Roberto Zeballos e sua esposa Bel Lobo Zeballos

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O empresário Otávio Fakhoury na época em que presidiu o PTB-SP

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O empresário Otávio Oscar Fakhoury ao lado do relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Leopoldo Silva/Agência Senado

Presidente do PTB e tesoureiro do PSL

Além de alvo na CPI, Otávio Fakhoury é conhecido por sua proximidade com o núcleo duro dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O empresário chegou a ser tesoureiro do antigo PSL (atual União Brasil) em São Paulo, quando o diretório era comandado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Fakhoury também foi presidente do PTB em São Paulo e trouxe diversos bolsonaristas para o partido do ex-deputado Roberto Jefferson.

Em 2022, ele se candidatou como 1º suplente do candidato ao Senado Guaracy Júnior (PTB) no Amapá. A Justiça Eleitoral, porém, indeferiu seu registro de candidatura, por entender que ele não residia no estado.