Lula recua e aceita parceria com Tarcísio para túnel Santos-Guarujá
Até então, governo Lula havia decidido que obra do túnel Santos-Guarujá seria realizada sem participação financeira da gestão Tarcísio
atualizado
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O presidente Lula recuou e decidiu aceitar a parceria financeira com o governo de São Paulo, comandado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a construção do túnel submerso Santos-Guarujá.
A decisão deve ser anunciada nesta terça-feira (30/1), após a reunião entre Lula e o governador no Palácio do Planalto. Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Silvio Costa Filho (Portos) também participam da conversa.
Até então, o governo federal tinha decidido que a obra do túnel, inscrita no PAC, seria realizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), sem a participação financeira do governo paulista.
Tarcísio e parlamentares paulistas, porém, reclamam da decisão. Eles argumentam que a exclusão do governo estadual atrapalharia e atrasaria o andamento da obra.
O governador também sustentava, nos bastidores, que havia um acordo para o uso de recursos do estado na obra e que esse acordo teria sido descumprido pelo governo Lula.
Incomodado, Tarcísio desembarcou nesta terça em Brasília para uma série de reuniões sobre o tema. Antes de se reunir com Lula, o governador teve um encontro separado com Rui Costa e Silvio Costa Filho.
Leilão para PPP
A previsão da Autoridade Portuária de Santos, estatal que administra o porto da cidade, é realizar um leilão em novembro de 2024 para buscar um parceiro para a obra.
A estimativa do investimento para o túnel é de R$ 6 bilhões. Pela previsão inicial do governo federal, metade desse valor viria da Autoridade Portuária, e a outra metade seria bancada pela PPP.