Lula silencia sobre ameaça golpista para não se indispor com militares
O silêncio do ex-presidente sobre o caso foi discutido pelo petista em reuniões ao longo dessa quinta-feira (22/7), em São Paulo
atualizado
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comentou, até agora, a notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo de que o ministro da Defesa, general Braga Netto, teria enviado um recado ao Legislativo de que não haveria eleições em 2022 sem o voto impresso auditável.
Segundo petistas ouvidos pela coluna, Lula optou pelo silêncio, por ora, para evitar se indispor pessoalmente com os militares, que têm demonstrado certa resistência à provável candidatura do ex-presidente ao Palácio do Planalto no próximo ano.
A estratégia de reação de Lula foi discutida pelo petista nos bastidores em uma série de reuniões com aliados nesta quinta-feira (22/7), em São Paulo. A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), participou de um desses encontros.
Ate agora a reação do PT ficou por conta de Gleisi e se outros parlamentares petistas, que criticaram a possível ameaça nas redes sociais e apresentaram pedidos de convocação de Braga Netto na Câmara e uma notícia-crime contra ele no Supremo Tribunal Federal.
Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente afirmou que ele “não costuma comentar tudo”. Informou ainda que, geralmente, Lula opta por se manifestar sobre temas da semana em entrevistas. A próxima, inclusive, está marcada para a próxima semana.