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Reunião entre Lula, Renan e Lira sobre Braskem é marcada por tensão

Em reunião no Planalto, Lula criticou CPI da Braskem e saiu em defesa da petroquímica, a qual chamou de “empresa importante” para o Brasil

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Lula O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu os ministros na manhã desta sexta para uma reunião com foco em ações de infraestrutura
1 de 1 Lula O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu os ministros na manhã desta sexta para uma reunião com foco em ações de infraestrutura - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

Foi tensa a reunião do presidente Lula com lideranças políticas de Alagoas, nesta terça-feira (12/12), no Palácio do Planalto, para discutir a crise envolvendo a mina de sal-gema da Braskem que colapsou em Maceió.

O encontro reuniu rivais políticos no estado. De um lado, estavam o governador de Alagoas, Paulo Dantas; o senador Renan Calheiros; e o ministro dos Transportes, Renan Filho, todos filiados ao MDB.

Do outro, estavam o prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas (PL), o JHC; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e o senador Rodrigo Cunha (União Brasil-AL).

Os dois lados divergem sobre o acordo de reparação firmado em julho de 2023 entre a Braskem e a Prefeitura de Maceió, que prevê o pagamento de R$ 1,7 bilhão pela empresa ao município.

Em troca do montante, o acordo dá à petroquímica “quitação plena, rasa, geral, irrestrita, irrevogável e irretratável” de quaisquer obrigações extras relacionadas à extração de sal-gema.

Embates de Renan

Segundo relatos dos presentes, a reunião desta terça no Planalto foi marcada por momentos de embates do senador Renan Calheiros com Rodrigo Cunha e o prefeito de Maceió.

Em determinado momento da conversa, Renan chegou a ser ríspido até mesmo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que defendeu diálogo dos atores políticos com a Braskem.

“Você fala pela Braskem?”, questionou o senador ao ministro petista, segundo relatos.

Na reunião, o grupo de Renan defendeu que a solução para a crise deve passar pela revisão do acordo entre Braskem e prefeitura e o pagamento de uma indenização pela petroquímica às vítimas.

O grupo de Lira, porém, discorda da proposta. Apesar disso, o presidente da Câmara adotou tom mais moderado na reunião e chegou a dizer, em determinado momento, não estar “em guerra com ninguém”.

Lula prega moderação

Em sua fala, Lula pregou moderação entre os rivais políticos de Alagoas e colocou o governo federal à disposição para mediar uma solução para o caso, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU).

Uma primeira reunião mediada pela AGU já está marcada para esta quinta-feira (14/12), em Maceió, e deve reunir representantes da vítimas, da Prefeitura de Maceió e do governo de Alagoas.

Lula critica CPI e defende Braskem

Na reunião no Planalto, Lula também fez questão de deixar claro ser contra a instalação de uma CPI no Senado para investigar a Braskem, que deve ser instalada nesta quarta-feira (13/12).

O presidente também saiu em defesa da petroquímica, que tem a Petrobras como uma de suas principais acionistas. Segundo relatos, o petista disse que a Braskem é uma “empresa importante” para o Brasil.

Lula também afirmou que só pretende visitar Alagoas novamente quando houve uma solução mais clara para a crise envolvendo a Braskem em Maceió.

Sem politização

Ao final do encontro, todos os lados combinaram de adotar o discurso de que pretendem deixar as rusgas políticas de lado e “unir esforços” para tentar encontrar uma solução para a crise.

“O que prevaleceu foi a união de esforços para encontrar uma solução. O importante é que governo federal vai fazer uma ampla articulação para que essa solução chegue o quanto antes”, disse o governador de Alagoas à coluna.

Segundo Dantas, “ficou definido que ninguém vai politizar” e que novas reuniões entre os principais atores políticos de Alagoas acontecerão em um “curto espaço de tempo”.

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