O presidente Lula oficializou a remoção do embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer. O diplomata, que havia retornado a Tel Aviv na semana passada depois de três meses no Brasil, foi transferido para o cargo de representante especial na Conferência do Desarmamento, em Genebra, na Suíça.

A tendência da remoção de Meyer havia sido noticiada pela coluna na terça-feira (28/5). A volta dele a Tel Aviv na última sexta-feira (24/5) teria sido exatamente para organizar a mudança de Israel para a Suíça.

Com a remoção do embaixador, a representação brasileira em Israel fica sem um ministro de primeira classe. Por ora, o comando da embaixada ficará com o encarregado de negócios, o ministro conselheiro Fábio Farias.

Gesto enfático de Lula

A remoção do embaixador brasileiro em Israel é um gesto diplomático enfático do governo Lula. Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o petista tem criticado a postura dos israelenses em relação aos ataques na Faixa de Gaza, que têm atingido muitos civis.

O clima ficou ainda pior depois da reprimenda do governo israelense feita a Meyer em público. Isso aconteceu após declarações de Lula comparando as ofensivas em Gaza com as ações de Hitler contra os judeus durante o nazismo.

A ida de Meyer para a Suíça não precisa da aprovação do Senado, como acontece quando um diplomata assume uma embaixada.