O presidente Lula recebeu o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira (28/5) para discutir o fim da isenção de impostos para compras internacionais online de até US$ 50.

O encontro aconteceu no início da tarde de terça, no Palácio do Planalto, e não tinha sido registrado na agenda oficial de nenhum dos dois até a publicação desta matéria.

A reunião foi pedida pelo presidente da Câmara, que busca vencer a resistência de Lula e de parte do governo federal à taxação das compras internacionais de até US$ 50 feitas pela internet.

Como noticiou a coluna, Lira ligou para auxiliares de Lula na quarta-feira (22/5), pedindo para marcar uma conversa pessoalmente com o presidente da República sobre o tema.

No dia seguinte, porém, Lula afirmou publicamente que a “tendência” era “vetar” a proposta, caso ela seja aprovada pelo Congresso Nacional. O petista, porém, ponderou que estava disposto a “negociar”.

Lira faz campanha no WhatsApp

Lira, como vem noticiando a coluna, está pessoalmente empenhado em aprovar o fim da isenção da taxa de importação para compras internacionais online de até US$ 50.

Nos últimos dias, o deputado recebeu integrantes do setor varejista brasileiro e fez campanha a favor da proposta no grupo de WhatsApp dos líderes partidários da Casa.

Apesar da resistência do governo e da oposição, o presidente da Câmara disse a deputados que pretende votar a proposta no plenário ainda nesta terça-feira (28/5).

O fim da isenção foi incluído por aliados de Lira como um “jabuti” em um projeto de lei que trata da criação do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover).

O presidente da Câmara defende a medida como um gesto ao setor varejista brasileiro, que reclama enfrentar uma concorrência injusta com empresas estrangeiras, sobretudo as chinesas.

Em 19 de março, ele participou de um jantar com empresários do varejo organizado pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo. Depois do evento, recebeu um pequeno grupo do setor na residência oficial.

De acordo com aliados de Lira, teria sido nessas duas conversas com o setor varejista que surgiu a ideia de incluir o “jabuti” das compras internacionais no projeto do Mover.