Lula quer levar “orçamento secreto” para campanha eleitoral
Pré-candidato ao Planalto este ano, ex-presidente petista quer que população entenda o “prejuízo” em manter as emendas de relator
atualizado
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Pré-candidato ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula quer levar o debate sobre o orçamento secreto para a campanha eleitoral deste ano. O objetivo, dizem petistas, é pressionar o Congresso Nacional a abandonar o modelo na próxima legislatura.
O assunto foi debatido por Lula com deputados federais do PT em reunião na noite da última terça-feira (12/4), em Brasília. Segundo parlamentares presentes no encontro, o ex-presidente petista já tem até um esboço de como abordar o tema.
A ideia seria mostrar à população a necessidade de retomar grandes investimentos públicos, com capacidade de gerar empregos. Algo que, na avaliação de Lula, seria inconcebível com boa parte do orçamento comprometido com emendas parlamentares.
A avaliação no PT é de que as emendas são normalmente utilizadas para bancar obras e benefícios “menores” nos municípios, com capacidade reduzida para geração de empregos.
“Ele (Lula) disse que é um absurdo essa história do orçamento secreto. Um absurdo não ter qualquer tipo de transparência, uma execução que ninguém sabe quem indicou, qual o critério do repasse”, disse à coluna o deputado Alexandre Padilha (PT-SP).
O orçamento secreto é o nome “popular” utilizado para tratar das emendas de relator, identificadas na peça orçamentária pelo código RP-9. O governo Bolsonaro e o Centrão utilizam a ferramenta para distribuir emendas a parlamentares aliados, como forma de garantir fidelidade em votações-chave no Congresso.