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O xadrez de Lula para equilibrar mulheres e Centrão no governo

Presidente Lula monta quebra-cabeça político para tentar manter número de mulheres no governo enquanto abre novos espaços para o Centrão

atualizado

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Presidente Lula lê papel em cerimônia no Palácio do Planalto- Metrópoles
1 de 1 Presidente Lula lê papel em cerimônia no Palácio do Planalto- Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Lula vem montando um tabuleiro de xadrez para tentar manter o número de mulheres na Esplanada dos Ministérios, ao mesmo tempo em que abre espaço para novos partidos do Centrão no governo.

Nos últimos dias, o petista deixou claro a seus principais auxiliares que não pretende reduzir o número de ministras mulheres. Atualmente, 10 dos 37 ministros do governo são do sexo feminino.

Para manter esse número, Lula já disse publicamente que não pretende trocar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e indicou, nos bastidores, que também não vai demitir a ministra do Esporte, Ana Moser, como quer o Centrão.

No caso de Moser, além do fato de ser mulher, conta a favor da permanência da ministra o fato de a Copa do Mundo Feminina de futebol estar acontecendo neste momento e o apoio de atletas à permanência dela.

Remanejamento

Além dos vetos a demissão de Nísia e Ana Moser, Lula pretende fazer remanejamentos internos para evitar a saída do governo de outras ministras cujas pastas passaram a ser alvo do Centrão.

Uma das alternativas avaliadas por Lula é transferir a atual ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB), para o Ministério dos Direitos Humanos, atualmente chefiado por Silvio Almeida.

Como noticiou a coluna, Almeida está em baixa com o presidente. Segundo auxiliares, Lula avalia que o atual ministro dos Direitos Humanos tem o perfil “acadêmico demais” para a pasta.

A transferência de Luciana abriria uma vaga para Lula abrigar um nome do Centrão no Ministério da Ciência e Tecnologia. O mais cotado para o posto seria o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos).

A única mulher que Lula já decidiu demitir é Rita Serrano, atual presidente da Caixa. Apesar do apetite do Centrão pelo cargo, o petista pretende substituir a executiva por outro nome de sua confiança.

As negociações, segundo integrantes do Palácio do Planalto, ainda estão em andamento e só devem ser concluídas após Lula desembarcar no Brasil da viagem à Europa, o que está previsto para noite da quarta-feira (19/7).

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