O presidente Lula escolheu a advogada Cláudia Franco como nova desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que tem competência sobre os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

A decisão do presidente, segundo apurou a ccoluna, foi comunicada à advogada pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, na tarde desta quinta-feira (14/11).

Na conversa, Messias afirmou a Cláudia Franco que Lula acredita que a nomeação da advogada, que é lésbica, representará um judiciário “mais diverso, inclusivo e equânime”.

A jurista compunha uma lista tríplice escolhida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e enviada para o presidente da República escolher um dos três nomes.

Além de Cláudia, estavam na lista os advogados Bruno Barata, apoiado pelo advogado Luiz Gustavo Bichara, e Alexandre Nogueira Alves, apoiado pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

A vaga ganhou ainda mais relevância porque o escolhido por Lula atuará em uma câmara criminal da Corte, onde poderá julgar uma série de processos contra políticos fluminenses e capixabas.

Quem é a nova desembargadora do TRF-2

Cláudia Franco contava com apoio de grupos de esquerda. Entre eles, o Prerrogativas, grupo de advogados antilavajatistas. Ela também contava com a simpatia do governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

Como noticiou a coluna, a advogada já trabalhou no governo Jair Bolsonaro. Ela ocupou dois cargos importantes na estrutura do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

À época em que a advogada trabalhou no Jardim Botânico, o órgão era presidido pela bióloga Ana Lúcia Santoro. A bióloga assumiu o cargo após deixar o comando da Secretaria de Meio Ambiente no governo Wilson Witzel no Rio.

Ana Lúcia ficou no comando do Jardim Botânico até o final do governo Bolsonaro. Na sequência, foi nomeada como assessora do secretário de Transformação Digital do governo Cláudio Castro, José Mauro de Farias.

Farias é sócio de Cláudia Corrêa em um escritório de advocacia, como revelou o Metrópoles. No momento, contudo, ele está licenciado da banca em razão de sua atuação como secretário do governo do Rio.