Lula combina com Renan Calheiros estratégia para fisgar apoio do MDB
Em busca de apoio a sua candidatura este ano, Lula pediu a Renan Calheiros para organizar um novo jantar do petista com lideranças do MDB
atualizado
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No encontro que tiveram na última segunda-feira (31/1) em São Paulo, o ex-presidente Lula (PT) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) acertaram uma estratégia para tentar garantir o apoio formal do MDB à candidatura do petista ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano.
O foco inicial será garantir, primeiro, o apoio da velha guarda do MDB, historicamente mais próxima de Lula. A ideia é que essa ala pressione o restante do partido a desistir da candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República e apoiar o petista já no primeiro turno.
Renan já entrou em campo para viabilizar a operação. Um dia após o encontro com Lula, o senador alagoano ligou, na terça-feira (1º/2), para o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), apoiador declarado de Lula. Pediu que o colega o ajudasse a organizar um encontro com outros caciques emedebistas nos próximos dias, em Brasília.
A ideia é reunir nomes da velha guarda emedebista como os atuais senadores Jader Barbalho (MDB-PA) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e os ex-senadores Roseana Sarney (MDB-MA), Romero Jucá (MDB-RR), Edison Lobão (MDB-MA), além do próprio Renan e Eunício.
No encontro, Renan quer medir o apoio a Lula dentro dessa ala do partido. O senador também pretende levar o recado do ex-presidente de que ele gostaria de encontrar novamente com lideranças do MDB em Brasília. Em outubro, o petista já havia jantado com emedebistas na casa de Eunício, em Brasília.
Foco de Lula
Interlocutores de Lula no PT dizem que o foco do ex-presidente nos próximos meses será tentar angariar o apoio do MDB e do PSD a sua candidatura. A avaliação é de que o apoio formal desses partidos de centro são essenciais para o petista vencer as eleições já no primeiro turno.
Embora Lula lidere praticamente todas as pesquisas de intenção de voto recentes, há uma preocupação, entre lideranças do PT, de que os votos da chamada terceira via migrem para Jair Bolsonaro no segundo turno e façam o atual presidente vencer as eleições.