Lula avalia fazer gestos “parecidos” com Carta ao Povo Brasileiro
Novos gestos que possam servir como uma pacificação com o mercado não estão descartados por aliados do pré-candidato do PT
atualizado
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A campanha do ex-presidente Lula não descarta outros movimentos que possam servir como uma nova “Carta ao Povo Brasileiro”, apesar de considerar a escolha de Geraldo Alckmin (PSB) como vice como um gesto suficiente ao mercado financeiro.
Interlocutores do petista, como o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que tem conversado com representantes do setor financeiro, dizem que Lula não deve repetir a carta. Informam, porém, que outros movimentos que possam ser considerados como gestos ao mercado ainda podem acontecer ao longo da campanha.
“Eles (representantes do mercado) perguntam se vai ter. Acredito que não faz sentido ter. Eu digo ‘hoje’ não tem, porque pode ter. Não sei se durante a campanha não vai ter algo que pode ser parecido com uma carta”, disse Padilha.
Em junho de 2022, às vésperas do início da campanha que daria vitória a Lula, o petista apresentou uma carta intitulada “Ao Povo Brasileiro”. Nela, Lula acalma o mercado, prometendo respeitar contratos e a responsabilidade econômica.
A carta, lida na apresentação do programa de governo petista, foi considerada um marco da campanha de Lula há 20 anos, e uma virada nas relações do petista com o mercado financeiro.
“A carta é algo de 20 anos atrás. A força da carta era porque era inédito. Ninguém está pensando em fazer uma carta. A carta tinha um papel naquele momento. Depois daquela carta, teve oito anos de governo Lula. De responsabilidade fiscal, crescimento e diminuição da desigualdade. Se vai ter outros gestos ou não que consolidem essa relação, é possível que durante a eleição tenha”, completou Padilha.