Lira frustra governo e avisa que não votará arcabouço antes do PAC
Presidente da Câmara, Arthur Lira disse a deputados que só decidirá quando pautará o arcabouço fiscal a partir da próxima semana
atualizado
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), frustrou o governo e avisou nesta terça-feira (8/8) que não vai colocar o projeto do novo arcabouço fiscal em votação na Casa antes do lançamento do Novo PAC.
Em reunião com líderes partidários na residência oficial, em Brasília, o presidente da Câmara informou que só pretende decidir a partir da próxima semana quando pautará a votação da proposta em plenário.
A ideia de Lira é promover, na segunda-feira (14/8), uma reunião com deputados e técnicos do Congresso e do governo para discutir as mudanças feitas pelos senadores no texto do arcabouço fiscal.
“A ideia é ter o embasamento técnico para tomarmos a decisão política”, afirmou à coluna um líder de um partido da base do governo próximo do presidente da Câmara.
Com a decisão de Lira, o Palácio do Planalto terá de lançar o Novo PAC na sexta-feira (11/8), sem saber exatamente quanto terá de espaço no orçamento para o programa.
Antes da reunião com líderes, nesta terça, Lira chegou a receber ministros palacianos, que apresentaram a Lira e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), as linhas gerais do que será o Novo PAC.
O presidente da Câmara, inclusive, foi convidado a participar da cerimônia de lançamento do programa, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, mas ainda não confirmou presença.
Reforma ministerial
Como a coluna noticiou ainda na semana passada, Lira decidiu segurar a votação do novo arcabouço fiscal diante da demora do presidente Lula em definir os novos ministérios que o Centrão ganhará no governo.
O novo arcabouço já passou por votação na Câmara e no Senado ainda no primeiro semestre, mas precisa ser votado novamente pelos deputados, em razão das mudanças no texto feitas pelos senadores.
Lira garantiu a líderes partidários que colocará a matéria para votação até o dia 30 de agosto, data em que o governo pretende enviar ao Congresso o Orçamento da União para 2024.