Lira busca Alcolumbre para negociar meio-termo de rito de MPs
Lira procurou senador Davi Alcolumbre, um dos articuladores de Rodrigo Pacheco, para buscar acordo para tramitação de medidas provisórias
atualizado
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![Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados conversa ao celular durante discussão sobre a PEC - Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_700/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/12/21163031/Arthur-Lira-presidente-da-Ca%CC%82mara-no-Plena%CC%81rio-da-Ca%CC%82mara-dos-Deputados-onde-sera%CC%81-votada-em-segunda-insta%CC%82ncia-a-PEC-5.jpg)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no início desta semana, para tentar negociar um “meio-termo” para o rito de tramitação das medidas provisórias (MPs) no Congresso.
No dia 7 de fevereiro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assinou um ato revogando o modelo de tramitação adotado no início da pandemia, em 2020, pelo qual as MPs eram votadas diretamente nos plenários das duas Casas, sem passar por comissões mistas.
A ideia inicial de Pacheco é retomar o rito anterior, quando as MPs passavam primeiro por uma comissão mista formada por deputados federais e senadores e só depois seguiam para os plenários. O modelo desagrada Lira, que avalia perder poder por meio do rito antigo.
Incomodado, Lira, então, procurou Alcolumbre, um dos principais aliados de Pacheco no Senado, para propor a negociação de um meio-termo. Uma das ideias do deputado seria estabelecer um marco temporal para que o rito antigo de tramitação das MP volte a valer.
A proposta do presidente da Câmara é que as primeiras medidas provisórias editadas pelo governo Lula tramitem pelo modelo vigente durante a pandemia, em que seriam votadas diretamente nos plenários. Hoje, ao menos 20 MPs aguardam votação do Congresso.
A senadores, Pacheco demonstrou disposição em negociar com Lira um meio-termo. A expectativa é de que os dois conversem sobre o assunto nos próximos dias. Ministros do Palácio do Planalto apoiam a proposta de Lira, por avaliar que o rito antigo agiliza a aprovação das MPs.