Sem definição de ministérios, Lira segura votação do arcabouço fiscal
Com demora de Lula em definir ministérios do Centrão, Arthur Lira avisou a líderes que não pretende votar arcabouço fiscal nesta semana
atualizado
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Com a demora de Lula em definir os novos ministérios que dará ao Centrão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avisou a líderes aliados que pretende segurar a votação do projeto do arcabouço fiscal na Casa.
Em conversa com líderes nesta terça-feira (1º/8), Lira informou que pretende pautar nesta semana apenas a votação do regime de urgência de alguns projetos e indicações para conselhos, como o CNMP.
No encontro, o presidente da Câmara indicou que só deve pôr o arcabouço para votar no plenário da Casa quando tiver uma sinalização mais forte do Palácio do Planalto sobre os novos ministérios do Centrão.
O novo arcabouço já passou por votação na Câmara e no Senado no primeiro semestre, mas precisará passar por uma nova análise dos deputados, em razão das mudanças no texto feitas pelos senadores.
O Planalto atua para que o projeto seja aprovado definitivamente pelo Congresso Nacional até 11 de agosto, data em que Lula marcou a cerimônia de lançamento do Novo PAC.
Sem definição de pastas
Como vem noticiando a coluna, para tentar aumentar sua base na Câmara, Lula decidiu dar dois novos ministérios ao PP e ao Republicanos, siglas do Centrão que apoiaram Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O petista já definiu até os nomes dos futuros ministros: os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-AM). Até agora, porém, Lula não bateu o martelo sobre que as pastas cada um deles assumirá.
Diante dos recados de Lira e do Centrão, integrantes da articulação política do governo tentam convencer Lula a bater o martelo das trocas ministeriais até a sexta-feira (4/8), antes de o petista viajar.
Como mostrou a coluna, o presidente da República deve passar a segunda semana de agosto fora de Brasília cumprindo agendas nos estados do Amazonas, do Pará e do Rio de Janeiro.