Líder da sigla de Bolsonaro quer CPI da Petrobras mesmo após renúncia
Líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ) defendeu à coluna que é preciso investigar por que José Mauro Coelho não renunciou antes
atualizado
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A renúncia de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras nesta segunda-feira (20/6) não arrefeceu a articulação na base aliada do governo para instalar uma CPI na Câmara, a fim de investigar a gestão do executivo na estatal.
Mesmo após o anúncio da renúncia, o líder do partido do presidente Jair Bolsonaro na Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), disse à coluna manter a intenção de protocolar o pedido da CPI ainda nesta segunda.
Na avaliação do parlamentar, ao contrário do que alguns líderes da base aliada do governo pensam, a renúncia não esvazia os argumentos políticos para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
“Ao contrário. Por que o presidente José Mauro ficou até dar o aumento (do preço dos combustíveis)? Quis ficar bem com alguém? Com mercado!? Por que ele não renunciou antes”, questiona Côrtes.
Embora seja defendida pelo próprio Bolsonaro, a instalação da CPI não é consenso na base do governo. Como mostrou a coluna, alguns aliados do presidente tentam convencê-lo a desistir da ideia.
Em especial, esses aliados lembram ao chefe do Palácio do Planalto uma máxima do Congresso Nacional: sabe-se como começa uma CPI, mas não como termina.
José Mauro está “demissionário” do comando da Petrobras desde 23 de maio de 2022, quando o governo indicou Caio Mário Paes de Andrade como novo presidente da empresa.