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Nome de Lewandowski para Segurança enfrenta resistência na esquerda

Favorito de Lewandowski para área de Segurança Pública, Mario Sarrubbo procurou aliados de Lula para tentar vencer resistência na esquerda

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Imagem mostra o procurador Mario Luiz Sarrubbo com os ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski
1 de 1 Imagem mostra o procurador Mario Luiz Sarrubbo com os ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski - Foto: Reprodução

A possível nomeação do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, como secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça enfrenta resistência de setores progressistas e da esquerda tanto de dentro quanto de fora do governo Lula.

Após a imprensa noticiar que Sarrubbo é o nome preferido do futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para a secretaria da pasta, integrantes do governo federal e lideranças da esquerda passaram a questionar a possível nomeação nos bastidores.

A principal crítica é de que Sarrubbo seria “muito linha dura”, ou seja, teria uma visão muito punitivista. Como chefe do Ministério Público de São Paulo, cargo que ocupa desde 2020, ele fortaleceu o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado.

O Gaeco, como o grupo é chamado, é um braço do MP que mira organizações ligadas ao tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro e corrupção. No caso de São Paulo, a atuação é voltada sobretudo para o combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Relação com Moraes e PSDB

Integrantes do governo Lula também mencionam o fato de Sarrubbo ser próximo ao ministro do STF Alexandre de Moraes. O magistrado, inclusive, participou da conversa que o procurador teve com Lewandowski na semana passada, quando o futuro ministro sondou o procurador para o cargo.

“Parece que o Xandão (apelido de Moraes) vai mandar na segurança pública”, ironizou à coluna, sob reserva, um influente ministro de Lula ligado à esquerda.

Lideranças de esquerda demonstram ainda, nos bastidores, desconfiança pelo fato de Sarrubo ter sido escolhido como chefe do Ministério Público de São Paulo em 2020 e 2022 por governadores filiados ao PSDB à época; no caso, João Doria e Rodrigo Garcia, respectivamente.

Em ambas as escolhas, Sarrubo figurava na lista tríplice definida por integrantes do MP. Em 2020, ele foi o segundo mais votado, com 657 votos, atrás de Antonio Carlos da Ponte, que teve 1.020 votos. Em 2022, quando foi reconduzido ao cargo, o procurador foi o primeiro colocado, com 1.385 votos.

Sarrubbo é apontado como um procurador que tem boa relação com os tucanos. A relação se estende à família dele. Na eleição de 2020, por exemplo, sua irmã, Mariângela Sarrubbo, doou R$ 500 para a campanha à reeleição do então prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).

Sarrubo pede ajuda

Ciente das críticas a sua nomeação por parte de setores da esquerda, Sarrubbo passou a procurar aliados de Lula que têm interlocução com o campo progressista. Nas conversas, segundo relatos feitos à coluna, o procurador pediu ajuda para vencer as resistências desse campo.

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