metropoles.com

Justiça e AGU discutem estratégia para Bolsonaro não depor à PF

Ministros da Justiça e da AGU buscam estratégia jurídica para evitar que Jair Bolsonaro tenha que depor presencialmente à PF nesta sexta

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fábio Vieira/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado pelo filho Flávio Bolsonaro, na cidade de Eldorado, interior de São Paulo, nesta manhã de sábado, 22. A mãe do presidente, Olinda Bonturi Bolsonaro, de 94 anos, faleceu na madrugada de sexta-feira (21). O Presidente cancelou viagem à Guiana e voltou ao Brasil para o enterro. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado pelo filho Flávio Bolsonaro, na cidade de Eldorado, interior de São Paulo, nesta manhã de sábado, 22. A mãe do presidente, Olinda Bonturi Bolsonaro, de 94 anos, faleceu na madrugada de sexta-feira (21). O Presidente cancelou viagem à Guiana e voltou ao Brasil para o enterro. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

As cúpulas da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Justiça discutem uma estratégia jurídica para evitar que o presidente Jair Bolsonaro tenha de prestar depoimento à Polícia Federal presencialmente, nesta sexta-feira (28/1), no inquérito que apura vazamento de documentos sigilosos.

Segundo apurou a coluna, os ministro da AGU, Bruno Bianco, e da Justiça, Anderson Torres, vêm discutindo as possibilidades com Bolsonaro desde quinta-feira (27/1). Os dois auxiliares também se reuniram com o presidente no fim da manhã desta sexta, para tratar do assunto.

10 imagens
A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
1 de 10

Daniel Ferreira/Metrópoles
2 de 10

A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

Getty Images
3 de 10

No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

Reprodução
4 de 10

O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

HUGO BARRETO/ Metrópoles
5 de 10

“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
6 de 10

Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
7 de 10

Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

Daniel Ferreira/Metrópoles
8 de 10

O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

Micheal Melo/ Metrópoles
9 de 10

O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

Marcelo Camargo/ Metrópoles
10 de 10

“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

A ordem para Bolsonaro ser ouvido presencialmente partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão de Moraes se deu em resposta a um pedido da AGU para que o presidente não tivesse que comparecer o depoimento, cujo prazo venceria nesta sexta.

Uma das ideias discutidas por Bianco e por Torres é a AGU apresentar ao STF uma espécie de recurso argumentando que, na condição de investigado, Bolsonaro não seria obrigado a comparecer. Em sua decisão, porém, Moraes sustenta que o presidente tem direito a ficar em silêncio, mas não pode se recusar a depor.

O ministro do STF argumentou ainda que Bolsonaro já tinha concordado em prestar o depoimento até 28 de janeiro e ressaltou que chegou a atender a pedido da própria AGU para estender o prazo, por 6o dias, para que o presidente indicasse o local, dia e horário para ser ouvido.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comIgor Gadelha

Você quer ficar por dentro da coluna Igor Gadelha e receber notificações em tempo real?