Joaquim Barbosa vê com desconfiança operação contra correligionário
Ex-ministro do STF Joaquim Barbosa acredita que operação da Polícia Civil de SP contra Márcio França foi direcionada por adversários
atualizado
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O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (PSB) disse a aliados ter visto com desconfiança a operação da Polícia Civil de São Paulo deflagrada no início de janeiro contra o ex-governador Márcio França (PSB).
Segundo interlocutores, Barbosa acredita que a operação foi direcionada pelo governador paulista, João Doria (PSDB), que é adversário político de Márcio França no estado.
O ex-ministro do STF previu ainda que seu correligionário poderá ser alvo de “vazamentos” a conta gotas de informações da investigação que embasou a operação.
Por outro lado, Joaquim Barbosa avaliou que as explicações públicas dadas por Márcio França para rebater a operação teriam sido “muito frágeis”.
A operação contra o ex-governador do PSB ocorreu em 5 de janeiro, quando a Polícia Civil paulista cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão em endereços ligados a Márcio França.
Os mandatos foram cumpridos em uma investigação que apura um suposto esquema criminoso de desvio de recursos da área da saúde no estado de São Paulo.
Em resposta, Márcio França afirmou que a operação foi, “evidentemente, de cunho político eleitoral”. “Não tenho ou tive qualquer relação comercial ou advocatícia com as pessoas jurídicas e físicas que são alvo da investigação”, disse.
Começaram as eleições 2022. 1ª Operação Política.
Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas “autoridades”, com “medo de perder as eleições”, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa.
— Márcio França 40 (@marciofrancasp) January 5, 2022