Itamaraty vê risco se acordo Mercosul-UE não for fechado até fevereiro
Temor do Itamaraty é de que eleições internas na União Europeia, em 2024, atrapalhem tratativas para o acordo de livre comércio com Mercosul
atualizado
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O Itamaraty avalia que o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que se arrasta desde 2019, precisa ser fechado até a primeira quinzena de fevereiro de 2024.
O motivo, segundo o chanceler Mauro Vieira, seriam as eleições internas da União Europeia em junho, que podem paralisar as negociações do acordo.
“Podemos continuar negociando até a primeira quinzena de fevereiro. Após isso, vai ser muito complexo. Vai começar o processo de eleição dentro da União Europeia, da comissão. Tudo isso ficará paralisado. Mas acho que, daqui até fevereiro, pelo estado da negociação, podemos avançar e concluir esse acordo”, disse o chanceler a deputados na quarta-feira (13/12).
Vieira tranquilizou os parlamentares sobre uma possível oposição de nações que adotam postura mais protecionista. Segundo ele, “três ou quatro” países não têm poder para impedir o acordo, que cabe ao parlamento europeu.
No início de dezembro, em participação na COP28, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse ser contra o acordo de livre comércio com o Mercosul. Nas palavras dele, seria um texto “mal remendado”.