Insatisfeita, ala do PSB defende recusar ministério oferecido por Lula
Mirando um ministério “político”, parte do PSB defende que partido recuse oferta de Lula para assumir Ministério de Ciência e Tecnologia
atualizado
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Uma ala do PSB passou a defender, nos bastidores, que o partido recuse a possível oferta de Lula para a legenda indicar o futuro ministro da Ciência e Tecnologia.
O argumento desses pessebistas é de que, por ter o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, a legenda merece ter um ministério com capilaridade política.
O alvo do PSB é o Ministério das Cidades, responsável por programas como o “Minha Casa, Minha Vida”. Para a pasta, a sigla quer indicar o ex-governador paulista Márcio França.
O desejo foi expresso pelo PSB diretamente a Lula durante uma reunião de lideranças do partido com o presidente eleito na terça-feira (6/12), em Brasília.
O discurso de pessebistas é de que um “ministério político” seria vital para que o partido “não morrer” – nas eleições deste ano, a sigla elegeu apenas 14 deputados federais.
“Cota pessoal”
Para lideranças do PSB, a indicação do senador eleito Flávio Dino para o Ministério da Justiça, anunciada nesta sexta-feira (9/12), deveria ser considerada como “cota pessoal” de Lula.
Petistas, porém, rebatem essa tese. Dizem que Dino é, sim, cota do PSB e que o partido não tem estatura para ter grandes pastas, por ter eleito poucos deputados.
Após a publicação da nota, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, procurou a coluna e disse que o comando da legenda não compartilha do pensamento desses integrantes da sigla.
”Não faz nenhum sentido. A gente respeita a autonomia do presidente Lula de definir seus futuros ministros”, afirmou o dirigente.