Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal cancelou uma entrevista que daria nesta quarta-feira (21/8) ao influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo. O motivo seria o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Dessa vez, Moraes não emitiu nenhuma ordem proibindo a entrevista. Segundo Figueiredo, a gravação foi cancelada pelo próprio candidato do PRTB, que teria se negado a responder perguntas sobre a atuação do ministro do STF.

Diante do cancelamento, Figueiredo postou um vídeo em suas redes sociais explicando o imbróglio. Ele contou quee um representante de Marçal ligou pedindo que não fossem feitas perguntar sobre Moraes ao candidato.

O motivo, ainda segundo o influenciador,  seria o fato de que Marçal tem “casos a serem julgados em breve”. Diante da insistência de Figueiredo, a equipe de Marçal cancelou a entrevista horas antes dela acontecer.

“Em cima da hora, a informação de que se eu insistisse em abordar o tema ‘Alexandre de Moraes’ a entrevista seria cancelada. No dia, com todo anúncio feito, com o estúdio da TV Flórida que foi fechado hoje só para entrevista. Com funcionários pagos e a disposição e com vocês, o público, os eleitores de São Paulo e do Brasil inteiro. Disse à assessoria do Pablo que esse era o direito do candidato, mas que eu faria questão de explicar o público o que ocorreu. E o que ocorreu em português bem simples é que Pablo Marçal ‘arregou'”, afirmou Figueiredo.

A coluna procurou Marçal por meio de sua assessoria de imprensa para se pronunciar sobre a fala do influenciador, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

Para ser breve e claro: a entrevista com o @pablomarcal para hoje estava marcada, estúdio fechado e pronto, equipe contratada e roteiro feito.

Mais cedo, eu recebi uma ligação da assessoria me pedindo para não abordar o assunto Alexandre de Moraes. Expliquei que nas minhas… pic.twitter.com/3WPu3NXqR2

— Paulo Figueiredo (BR-2) (@pfigueiredobr2) August 21, 2024

Figueiredo, vale lembrar, é um dos investigados pela Polícia Federal no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de estado em 2022. Ele foi citado nas conversas entre assessores de Alexandre de Moraes, como mostrou reportagem da Folha de S. Paulo.