Indicado de Bolsonaro para chefiar Aneel tem ligações com PT e MDB
Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou que o governo indicará o diretor Sandoval Feitosa para ser o novo chefe da Aneel
atualizado
Compartilhar notícia
Anunciado como diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) do governo Jair Bolsonaro a partir de 2022, o diretor do órgão Sandoval de Araújo Feitosa Neto tem ligações que vão desde políticos do MDB e do PT até, mais recentemente, o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
O diretor mantém relação, por exemplo, com Nelson Hubner, petista que foi presidente da Aneel (2009-2013) e ex-ministro interino de Minas e Energia durante os governos Lula e Dilma. Atualmente, Sandoval emprega o filho de Nelson, Leandro Caixeta Moreira, como assessor de seu gabinete na agência.
No MDB, Sandoval tem ligação com o clã Sarney e com o ex-senador Edison Lobão (MDB-MA), aliado do ex-presidente José Sarney. Foi o então senador Lobão, por exemplo, quem apadrinhou a indicação de Sandoval para assumir o atual posto de diretor da Aneel em 2018.
Em agosto, a Assembleia Legislativa do Maranhão concedeu a Sandoval a “Medalha Manoel Beckman”, maior comenda do legislativo do estado. A iniciativa partiu do deputado estadual César Pires (PV), tradicional aliado do clã Sarney e ex-secretário estadual de Educação no governo Roseana Sarney.
Nos últimos meses, Sandoval se aproximou de Ciro Nogueira. Ambos nasceram no Piauí. Em julho deste ano, por exemplo, os dois tiveram uma reunião na Aneel. Após o encontro, o ministro da Casa Civil anunciou um investimento de R$ 467 milhões em energia para moradores de zonas rurais no estado.
A reunião oficial mais recente entre Ciro e Sandoval aconteceu em 12 de agosto deste ano. Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou já foi enviado o nome do diretor à Casa Civil, que mandará a indicação oficial para análise do Senado.