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Haddad: BB financiará exportações para Argentina, mas não assumirá risco

O ministro da Economia, Fernando Haddad, disse que operação utilizará um fundo soberano garantidor

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Futuro Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, fala com jornalistas em coletiva de imprensa no CCBB - metrópoles
1 de 1 Futuro Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, fala com jornalistas em coletiva de imprensa no CCBB - metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Buenos Aires – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, nesta segunda-feira (23/1), em Buenos Aires, que o Banco do Brasil vai financiar exportações de empresas brasileiras para a Argentina. Ele ponderou, contudo, que o banco público não vai assumir riscos nessas operações.

Em entrevista coletiva ao lado do ministro da Economia argentino, Sergio Massa, Haddad explicou que o possível risco dessas operações seria o da conversibilidade do peso para o real, em razão do prazo de pagamento da dívida. Esse risco, diz, será assumido por um fundo soberano garantidor.

“O Banco do Brasil não vai tomar risco nenhum com essa operação de crédito de exportação. Nós vamos ter um fundo garantidor, que é um fundo soberano, que vai garantir as cartas de crédito emitidas pelo Banco do Brasil para os exportadores brasileiros”, afirmou Haddad.

O chefe da equipe econômica fez os comentários sobre o Banco do Brasil no momento em que explicava a ideia de Brasil e Argentina criar uma “moeda comum” para relações comerciais — um dos principais temas da viagem do presidente Lula a Buenos Aires.

“Temos uma equipe dedicada a encontrar uma forma que dê garantias não apenas para os exportadores, mas também para o Brasil e para o Banco do Brasil em particular, que vai financiar as exportações por emissão de carta de crédito, que dê garantias que, no topo das relações comerciais, estarão dois países garantindo seus créditos com base em algum ativo real e conversível”, afirmou Haddad.

Segundo Haddad, a criação da moeda comum visa aumentar as relações comerciais entre os dois países, que teria caído 40% nos últimos 10 anos. O instrumento deve ajudar as duas nações a fugirem do dólar, diante da dificuldade dos argentinos com a moeda americana.

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