Haddad ataca juros altos em reunião com Lula e parlamentares
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, critiou a taxa básica de juros em reunião com Lula e lideranças políticas no Palácio do Planalto
atualizado
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Um dia após elogiar a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o patamar da taxa básica de juros no Brasil.
A crítica foi feita pelo chefe da equipe econômica em reunião no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (8/2), com as presenças do presidente Lula e de lideranças políticas que integram o Conselho Político da Coalizão do governo.
Segundo relatos, em sua fala, Haddad citou declaração do ministro da Casa Civil, Rui Costa, em defesa do aumento das concessões e questionou como as empresas se interessarão pelos ativos diante dos juros altos no Brasil.
O ministro da Economia questionou qual a taxa de retorno que as futuras concessionárias cobrarão em troca dos investimentos, com a Selic em um patamar de 13,75% ao ano. “De 20%?”, indagou.
Ao lado do vice-presidente e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Haddad comentou ainda que se questiona como os paulistas nunca entenderam por que pagam tão caro nos pedágios em rodovias no estado.
Mudança de postura
As falas do ministro da Fazenda representam uma mudança de postura dele em relação ao tema. Como mostrou a coluna, Haddad vinha atuando para conter os ataques de Lula ao BC em razão dos juros altos no Brasil.