Há oito anos, Adolfo Sachsida dava solução para controlar inflação
Novo ministro de Minas e Energia dizia, durante o governo Dilma, ser contra redução do preço da energia e desonerações sobre combustíveis
atualizado
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O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, apresentou, há oito anos, uma solução para a crescente inflação brasileira.
Antes de entrar para o governo de Jair Bolsonaro como um dos mais ferrenhos defensores do presidente, Sachsida compartilhava opiniões sobre economia em seu canal no YouTube. E avisou que, em sua visão, não adianta congelar o preço do combustível, nem da energia elétrica – dois dos atuais vilões do aumento de preços.
“O que não funciona (para controlar a inflação)? É fácil: congelamento de preços não funciona. Então, essa estratégia que o governo estava usando, até pouco tempo atrás, ao congelar o preço da gasolina e abaixar o preço da energia elétrica, não são medidas de combate à inflação”, afirma no vídeo.
Outra atitude reprovada por Sachsida consiste em utilizar a política tributária como forma de controlar a inflação – algo equivalente à redução do ICMS sobre combustíveis defendida por Jair Bolsonaro.
“O que a política tributária faz é, quando o governo dá uma desoneração tributária, o preço do produto cai. Mas, ao mesmo tempo em que o preço do produto cai, o governo deixou de arrecadar. Então, aquele dinheiro que o governo ia usar para comprar o remédio desapareceu também. Você está jogando sujeira para baixo do tapete”, diz.
Sachsida foi nomeado como ministro de Minas e Energia após Bento Albuquerque ser exonerado do cargo, nesta quarta-feira (11/5). O almirante de esquadra, que ocupava o posto desde o início do governo, saiu após a Petrobras, estatal ligada à pasta, anunciar um novo aumento de 8,87% no preço do óleo diesel.