metropoles.com

Guedes culpa Marinho por PEC dos Combustíveis mais ampla

Paulo Guedes ficou irritado com articulação da ala política em apoio à PEC que permite redução de tributos sobre vários combustíveis

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Ministro Paulo Guedes durante cerimônia da Caixa Econômica Federal “Democratizando o Acesso Ao Crédito”
1 de 1 Ministro Paulo Guedes durante cerimônia da Caixa Econômica Federal “Democratizando o Acesso Ao Crédito” - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, culpa o colega Rogério Marinho, titular do Ministério do Desenvolvimento Regional, pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de dar aval a uma PEC mais ampla sobre a redução de tributos sobre combustíveis e gás de cozinha.

A PEC em questão foi redigida por um servidor da Casa Civil e protocolada na Câmara nessa quinta-feira (3/2) pelo deputado federal Christino Áureo (PP-RJ), que agora busca as 171 assinaturas mínimas necessárias para que a matéria possa tramitar na Casa. O parlamentar é do partido do ministro Ciro Nogueira.

O texto da PEC apresentada por Áureo estabelece que União, estados e municípios poderão zerar ou reduzir parcialmente alíquotas de tributos que incidem sobre combustíveis e gás, “em decorrência das consequências sociais e econômicas da pandemia da Covid-19”.

Com isso, a proposta permite uma possível redução de tributos sobre diesel, gasolina, etanol e gás de cozinha. A amplitude contraria o atual chefe da equipe econômica, que defende a possibilidade de redução de imposto apenas apenas sobre o diesel.

Operação

Segundo auxiliares, Guedes foi informado pelo Planalto de que a decisão final por uma PEC ampla foi do próprio presidente. O ministro, porém, disse a interlocutores estranhar a informação, ao lembrar que Bolsonaro já tinha dado declarações públicas defendendo redução de tributos apenas sobre o diesel.

Em conversas reservadas com aliados nesta sexta-feira (4/2), Guedes apontou Marinho como o responsável por “operar” para convencer o presidente a mudar de ideia. Para o ministro da Economia, o colega estaria interessado em incluir na PEC a criação de um fundo público milionário para estabilizar o preço de combustíveis.

O caminho preferido de Guedes

Para Guedes, a PEC apresentada é “kamikaze” e não funcionará. Ele defende que o melhor caminho seria o projeto de lei completar (PLP) 11/2020, que fixa um valor do ICMS para os combustíveis. Assim, os estados terão que cobrar por unidade de medida, e não mais com um porcentual sobre o preço.

O PLP já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro de 2021. Na Casa, o projeto foi relatado deputado federal Dr. Jaziel (PL-CE), que teve uma reunião com Bolsonaro e outras lideranças evangélicas na última terça-feira (1º/1), no Palácio do Planalto, em Brasília.

Senado

Apesar da articulação do Planalto pela PEC, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu pautar o PLP 11/2020 no plenário da Casa em 15 de fevereiro. Pacheco também colocará em votação um outro projeto de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE) que trata do preço de combustíveis.

Procurado pela coluna na tarde desta sexta, Rogério Marinho limitou-se a responder que estava “entregando obra” na Paraíba. O ministro costuma ser alvo frequente de críticas de Guedes, que ataca o colega de governo por propor medidas que ampliam os gastos públicos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comIgor Gadelha

Você quer ficar por dentro da coluna Igor Gadelha e receber notificações em tempo real?