Embora Sergio Moro sinalize que quer disputar a Presidência da República pelo Podemos em 2022, aliados do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), dão como certo, nos bastidores, que o ex-juiz será candidato mesmo é  ao Senado por São Paulo.

Na análise de aliados de Doria, Moro não teria viabilidade política para uma disputa nacional. A avaliação é de que, embora chegue a pontuar com até dois dígitos em pesquisas hoje, o ex-juiz tem um “teto” de 20%, o que o impediria de chegar ao segundo turno da disputa.

O grupo do governador paulista também ressalta a rejeição de Moro tanto na esquerda quanto na direita. Lembram que o ex-ministro da Justiça é persona non grata dos bolsonaristas, que o veem como “traidor”, além de ser rejeitado pela esquerda e pelo Centrão, por sua atuação na Lava Jato.

Para tucanos próximos a Doria, essa rejeição não significa que o ex-juiz não tenha chances de se eleger para um cargo majoritário em 2022. A aposta é de que Moro seria virtualmente imbatível na eleição para a única vaga de senador por São Paulo que estará em disputa no pleito do próximo ano.

Moro teria potencial, na visão do grupo de Doria, para derrotar até mesmo o atual senador José Serra (PSDB-SP). Ex-prefeito da capital paulista ex-governador do Estado, o tucano que já avisou aliados que não irá abrir mão de disputar reeleição ao Senado em 2022.

Como será o discurso de Moro no ato de filiação ao Podemos

O ex-juiz titular da Lava Jato em Curitiba se filiará formalmente ao Podemos nesta quarta-feira (10/11), em ato que ocorrerá em Brasília. O atual governador de São Paulo havia prometido prestigiar o evento, mas, como a coluna antecipou, acabou desistindo de última hora.