O governo Lula decidiu suspender o pagamento da parcela mensal da dívida do Rio Grande do Sul com a União, após as fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. A suspensão vai durar até o fim da calamidade decretada na região, em 31 de dezembro de 2024.

A decisão foi tomada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após uma série de reuniões. Uma delas ocorreu na manhã desta terça-feira (7/5) com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Mais cedo, a coluna já havia noticiado que ministros de Lula já davam como certo, nos bastidores, que o governo suspenderia o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. Auxiliares presidenciais, inclusive, diziam que as chances da suspensão chegavam a 90%.

A suspensão foi pedida pelo governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB). O tucano queria suspender o pagamento da dívida do estado com a União pelo período que durar a reconstrução do estado. Leite, porém, ainda não formalizou o pedido no Tesouro Nacional.

Nas próximas horas, o governo federal pretende negociar as contrapartidas que Leite terá de apresentar em troca da suspensão do pagamento da dívida do estado. Nos cálculos do governo gaúcho, a medida deve dar um alívio de R$ 3,5 bilhões aos cofres do estado.